quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

encontro 21 - (roberto dagô, 27 de fevereiro, quinta)

Desde o último ensaio, focado na questão musical, percebo como meus ouvidos têm se aberto a escutar melhor, como minha garganta tem se aberto a musicar melhor... Estou, a cada ensaio, mais cantado, mais en-musicado, mais ritmado, mais afi(n)ado... É tão maravilhoso perceber estes degraus ascendentes e contar com a ajuda de profissionais tão competentes!
Com o repertório musical do espetáculo aumentando, a dramaturgia vai se desenhando melhor. A cada momento que passa, fica mais nítido o mundo que estamos tentando trazer à cena! Esses dias vi uma imagem que me emocionou. Desde então tenho trazido ela à memória, estampado ela nas minhas pálpebras em exercício de concentração, tenho tentado carregar esta imagem comigo para entrar no espetáculo.
A imagem falava simplesmente sobre esperança, uma família sob o sol do cerrado, olhando para a imensidão de uma Brasilia sendo levantada. Faz sol, no entanto a chuva sempre cai. É seca, no entanto a chuva sempre cai. "É uma história triste, mas bonita de lembrar" e "é de sol e chuva que se faz uma saudade".

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

encontro 20 - (rafael toscano, 25 de fevereiro, terça)

Dia musical!
Ensaio na presença de Adriana, Roberta, Julia e Mateus. Eli não estava presente por estar, nas palavras dela, "gripadildis".
Passamos praticamente todo o tempo de trabalho sob a batuta de Mateus e Julia.
Primeiramente, alongamentos e ativações corporais por conta de cada um, individualmente. Simultaneamente cantarolamos as músicas que pretendíamos levantar com o ensaio do dia. "O homem que passa", "Oxe, carai, véi" e "A rua da minha vida".
Começamos o trabalho vocal com um aquecimento puxado pela Julia e em seguida já entramos em rápida (re)visita ao "Acordai" e suas diversas vozes que tanto nos tem exigido ouvidos.
Pela demanda do dia, logo passamos aos trabalhos em cima da "Oxe, carai, véi". Música levantada com novidades em arranjo e vozes. Divertido e bem curtido.
"O homem que passa" será trabalhado para ser cantado por Tati e Pedro, apenas. Agendou-se encontro fora do horário de ensaio para que eles sejam dirigidos musicalmente nessa empreitada. Falou-se em compor a cena com o elenco no movimento dos abraços que temos experimentado em sala de ensaio sob a batuta da Nara.
"A rua da minha vida" também foi levantada com nova proposta de ser menos sisuda e mais "pra cima". Chegamos a um tom que sinto, carinhosamente, ser algo como "música baiana da boa". Presságios de carnaval! Algumas vozes diferentes para homens e mulheres e bons sorrisos no rosto pra celebrar nossa cidade.
Para arrematar o ensaio gravamos o som e imagem de todas as músicas já levantadas do espetáculo. Servirá de registro para todos nós.
Por fim, lembretes e mais lembretes de estudo antes de cada ensaio para que o trabalho não pare de caminhar.
Avante!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

encontro 19 - (pedro mesquita, 24 de fevereiro, segunda)

Ontem, quase ficamos sem sala por causa da manutenção dos pisos. Mas quando achamos que não tinha mais onde ensaiar, encontramos o Claudio, funcionário responsável pela limpeza das salas, que nos disse que era sim possível usar a nossa querida BSS-59.
Iniciamos os trabalhos com alongamento individual como de costumes, aquecemos as vozes com Julia e começamos a ensaiar. Passamos todas as cenas que temos levantadas em sequência com alguns erros, ligeiramente desafinadxs em algumas músicas e bem desafinadxs no "acordai".
E seguida, trabalhamos uma nova transição: o punk rock, entre o 'AI5' e o 'Splash'. Conseguimos levantar a cena inteira com ajuda da Adriana e da Nara nas coreografias. Em seguida, ouvimos o texto do Dagô que entrará no lugar do 'Grande circular' e exercitamos os abraços que irão compor essa cena. Além disso, retrabalhamos o 'Acordai', todas as linhas vocais juntas e depois uma por uma.

o nome da cidade


Ôôôôôôô ê boi! ê bus!
Onde será que isso começa
A correnteza sem paragem
O viajar de uma viagem
A outra viagem que não cessa
Cheguei ao nome da cidade
Não à cidade mesma, espessa
Rio que não é rio: imagens
Essa cidade me atravessa
Ôôôôôôô ê boi! ê bus!
Será que tudo me interessa?
Cada coisa é demais e tantas
Quais eram minhas esperanças?
O que é ameaça e o que é promessa?
Ruas voando sobre ruas
Letras demais, tudo mentindo
O Redentor, que horror! Que lindo!
Meninos maus, mulheres nuas
Ôôôôôôô ê boi! ê bus!
A gente chega sem chegar
Não há meada, é só o fio
Será que pra meu próprio rio
Este rio é mais mar que o mar?
Ôôôôôôô ê boi! ê bus!
Sertão, sertão! ê mar!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

encontro 18 - (marcia regina, 20 de fevereiro, quinta)

foto por Welder Rodrigues

Ensaios, ensaios, ensaios, três dias na semana. Apenas três! Só de pensar nisso me dar um desespero de capricorniana... tão poucos ensaios quando se precisa de mais tempo para maturar as descobertas e adensar as experiências do processo.  Mas nesse ínterim do tempo à gente se desapega e acredita nas potências que cada um pode dedicar ao trabalho.
Nessa quinta-feira passamos os vinte e poucos minutos do espetáculo até aqui levantado, alguns desacertos que fazem parte, mas no geral eu tive uma sensação boa da passagem, principalmente de uma concentração do coletivo.
Do início, “Não se espante minha gente”, onde o coro de candangos abre as portas para mostrar uma Brasília de alegria, mas também de tristezas, iniciamos a passagem, até chegar à ditadura, onde o trator da opressão destrói(uiu) os que na base de muito suor construíram essa cidade vermelha, de carne, osso e concreto.
O “Ra ta tá” a cada dia ganha mais um degrau no acerto, se é que existe um acerto certo... Percebemos que nos dias que estamos mais conectados (o grupo), as cenas acontecem. E essa conexão dos atores é primordial, já que o espetáculo é feito de um coro, que também como os candangos precisam empenhar muita energia pra erguer a construção.
Depois de ensaiar já com a perspectiva de intenção de uma apresentação, o ensaio pela primeira vez foi mais focado no trabalho de texto. E foi precioso ver os textos, ainda que precise de trabalho sobre eles. Cada texto com sua textura e símbolos, metáforas, sensações e cores preenchido pelos atores foi ganhando vida... ver um mesmo texto na boca de mais de um pessoa, trouxe uma diversidade de possibilidades de atuação. É rico perceber que qualquer um que pegar um texto para defender vai mostrar sua essência em cena. E é lindo perceber as diferenças dos atores, cada um com seu trabalho potente para contribuir.
Alguns textos já estão definidos, mais ainda faltam algumas escolhas para serem tomadas, e até a estreia muitas aventuras poderão nos chegar, e que assim seja, um risco no abismo.   Que seja doce o processo, que seja feito com amor e com dedicação em cada instâneo de compartilhamento. 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

encontro 17 - (leandro, 18 de fevereiro, terça)

REpetição, REPETIção, repeti-AÇÃO

A árdua tarefa do ator em repetir sem mecanizar, repetir sem perder a organicidade, repetir para aprimorar, repetir, repetir repetir.. E quando o cansaço mental interfere diretamente na execução? A repetição ainda continua a valer a pena? Me questionei muito isso hoje. Não significa estar com preguiça, de forma alguma, mas chega um momento que são tantas informações, tantos acessos, que parece que o cérebro não acompanha o comando.Por mais que você tente, se esforce em se concentrar, em "acertar", parece que o corpo entra numa zona de estresse na qual tudo fica lento, fica desconectado. Repetimos muitas vezes uma das cenas, e em determinado momento as vozes não significavam mais nada, como se o comando não chegasse, e isso não era culpa da condução da direção, da coreógrafa ou do próprio grupo, e sim do ator que escreve sobre o dia de hoje! Como se o corpo precisasse de um tempo para acomodar todo aquele conteúdo, toda aquela experiência, todo aquele estado trabalhado naquele dia. Confesso que os ensaios pedem uma demanda física, mas também muito mental, e as vezes, esse mental é muito mais desgastante. Não é apenas repetir, mas é trazer ao corpo aquela experiência de fato.


Continuemos..antes de tudo, a ter prazer pelo trabalho..

RepetIR

Estamos em linha reta?

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

encontro 16 - (jessica, 17 de fevereiro, segunda)

Tivemos nosso alongamento inicial de 15 minutos. Em homenagem a Nara que estou com saudades, meu desejo no alongamento era fazer as 100 abdominais coletivas e yupi! Conseguimos :)

O encontro de hoje se estendeu bastante na aprendizagem da canção "Acordai" que é de um arranjo primoroso. Ter a orientação da dupla dos irmãos Ferrari é um privilégio que me anima bastante. A meu ver, um dos aspectos mais interessantes da condução é observar e ter uma imensa curiosidade sobre o modo como os dois conseguem ter uma escuta "fragmentada" (eu diria) que dê conta das nuâncias de cada conjunto de vozes. É especial! Eu fico em devaneios a respeito da diferença de modus operandi de cada ser humano, pois eu sei que minha relação com o mundo sonoro é fraco. Acabo ficando aliviada de ser uma soprano por ser a voz que "impera" em relação as outras - que além de deixar mais fácil é uma delícia infinita cantar naqueles agudos.


Passamos tudo que já temos até agora do início até o AI-5. Eu me sinto cada dia mais confortável - o que não significa deixar no automático, assim espero. Procuro ficar atenta a isto!

Dani e Eli comentaram a nova proposta de encenação delas contando com a interação do público no momento das cartas - o que me pareceu uma boa idéia.

Ah, Welder apareceu para tirar fotos de todos nós e produzir as imagens de perfis que serão colocadas nas redes sociais na semana de estréia.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

encontro 15 - (eli, 13 de fevereiro, quinta)

Significar e Ressignificar







Eu sinto uma necessidade absurda de dar significados as coisas que me rodeiam. Um abraço que durou um segundo a menos, um sorriso com um olhar vindo debaixo, um afago amigo, uma nova conversa, uma construção de um edifício, um local em uma cidade, um andar, uma acelerada de carro, as luzes de um shopping, uma roupa de trabalho, um beijo no rosto, uma abordagem, um aperto de mão, distribuição de móveis em uma casa... tudo possui um significado particular, único e circunstancial.  A beleza do tempo é que cada coisa a partir de uma referência ou circunstância pode tomar outro significado e assim inimigos se tornam amigos, desconhecidos se tornam amantes e fantasmas do passado se tornam presentes.


Kazuo Okubo ressignificando o Lago Paranoá

O processo chegou em um momento em que significados são necessários. Já computamos 20 minutos de espetáculo, totalizando 7 cenas erguidas, mas ao mesmo tempo nos encontramos em um local nebuloso de intenções. Essa peça possui uma linha dorsal muito delicada, onde se cada vértebra não for alinhada de forma adequada, a coluna quebra. Claro que cada vértebra vai possuir um tamanho diferente, mas a coluna precisa desse alinhamento para que o espetáculo sobreviva em pé. Trabalhamos muito sobre formas e formatos e é nesse momento que agora falamos sobre o que impulsiona a forma. O que nos faz marchar em um hino, ou desbravar um capim alto, ou chegar em um lugar novo cheio de possibilidades?  O que nos move, para que a forma se tome?

       
                                       
"Na inconstância da forma das águas, os corpos se formam em calma e balance."

Acho que finalizamos o ensaio conseguindo enxergar melhor os fios condutores que estabelecem as formas do coletivo. Desde o homem que chega cheio de esperança para erguer uma cidade, ao desbravamento do solo vazio, ao militar que vibra a inauguração da cidade, aos Joãos que caem diariamente de andaimes para construir o sonho da cidade, aos conterrâneos velhos de guerra que levantam de seus covais. E mesmo concebendo pequenos guias em nossas cabeças, sabemos que amanhã é um novo dia e milhares de novos significados surgirão em cada detalhe.





terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

encontro 14 - (daniela, 11 de fevereiro, terça)

Hoje foi o primeiro dia da Júlia.

Júlia melodia, harmonia, semínima, Ferrari.
Colocamos toda a nossa voz para fora.
Jogando uma bomba na cabeça indesejada.
Exerícios de cantar, alcançar, estar juntos.
Fazer uma roda, dar as mãos, abaixar e levantar.

Testar os limites.

A cada presença nova, uma força.
Sei que todos juntos farão o espetáculo chegar
em algum lugar de terras nunca antes vistas.

Será uma riqueza inconcebível.





segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

encontro 13 (amanda, 10 de fevereiro, segunda)


Hoje fomos conduzidos primeiramente pelo Mateus que propôs exercícios que estimulam a percepção musical no corpo, principalmente em relação a métrica rítmica refletida em passos e palmas. Era preciso estar atento ao contratempo do andamento, marcá-lo, e ao mesmo tempo percorrer a sala preenchendo sempre os espaços vazios.
Em seguida, enfileirados, deveríamos atravessar a sala de ensaio, juntos e numa reta perfeitamente alinhada, em 32 tempos, depois em 16, em 12, em 8, e em 4. Era preciso de uma escuta apurada ao movimento do grupo e  uma avaliação sensível da distribuição dos passos no espaço. Para complicar um pouco, o Mateus demandou que trouxéssemos energias diferentes para essa caminhada, como por exemplo caminhar como soldados, como velhos, como crianças, como zumbis, etc...
Após o treinamento do Mateus tivemos uma preparação corporal com a Nara, mais uma vez desafiando nossos limites e vencendo pouco a pouco nossas barreiras em grupo.
Enfim, estávamos prontificados para trabalharmos nas cenas! Passamos então todas as cenas musicais que já temos até agora: o Baião, o Repente, o Hino, o João!



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

encontro 12 - (leandro, 06 de fevereiro, quinta)

A obra revisitada
O processo de revisitação da obra sempre interessou bastante. Ao perceber a obra a partir de um novo elenco, de uma nova formação, em um novo contexto histórico ( Antropologicamente ou Stanislavskamente falando)  e ampliar essas novas instâncias, a meu ver, traz uma maturidade em relação aquelo que havia sido criado anteriormente. A própria repetição diária das cenas, das músicas, das intenções dos atores-criadores e equipe de direção permite um entendimento cada vez maior da sua FUNÇÃO dentro deste trabalho/espetáculo. A cada ensaio fica clara a definição de que DE CARNE, OSSO E CONCRETO, não é um espetáculo de monólogos, solilóquios ou solos, mas uma grande máquina que precisa estar lubrificada e equilibrada para se fazer funcionar. Destaque aqui é o grupo, o coro, o peso que o coletivo permite destacar..Cidade não é feita de um único prédio, e sim de um conjunto bem elaborado de residências, ruas, vias e sociedade. 
O ensaio de hoje consistiu em repassar as cenas já criadas anteriormente, buscando cada vez mais a limpeza, a organização e definição de texto, música e movimento.


Dentro deste espaço, 
livre,
                                              amplo,
branco,                                                                                                                                         de espaço,                                                         uma frase ficou ecoando dentro de mim...



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"esvazia..esvazia..esvazia ....
para recomeçar..."(frase de Adriana Lodi)




terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

encontro 11 - (vini, 04 de fevereiro, terça)

Temos trabalhado as cenas coletivas, coreografadas, difíceis de sustentar enquanto coletivo e isso tem me provocado e despertado para a importância de sustentar o primor pelos pilares da consciência coletiva.
Quando participei da montagem original do "De carne, osso e concreto", me deparei com um espetáculo sensível, bonito e de uma provocação sobre o que significa morar em Brasília, carregada de expectativa, qualificações e projeções, que não me deixava sossegar. Uma cidade que aprendi a amar e a olhar com olhos de bem querer.

Então, em processo evolutivo, já temos as cenas: João, Hino de Brasília, Repente e estamos finalizando o Baião.
Hoje, dia 04, começamos a trabalhar a coreografia e a música do RATATÁ. Encaixa o quadril, barriga pra dentro, costas abertas, apoia no diafragma, respira, e vai!


                                                                 É feita de sangue e sonho
                                                                                       É feita de pó e vento
                                                                                       É feita de carne e osso
                                                                                       De concreto, e de cimento

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

encontro 10 - (tuti, 03 de fevereiro, segunda)

Esperei o meu dia de postagem para enfim colocar no "papel virtual" coisas que rascunhei no meu primeiro -segundo de vocês- dia de ensaio:

Estou grávida de Brasília. Há anos gero essa cidade em formação. Cuido para que dentro de mim habite bonita e limpa. Meus crimes mais cruéis nadam em minhas águas dentro de blocos de gelo. Caso derretam, não grudam. Apesar de seca me mantenho água para que Brasília não morra em mim.


Hoje: ensaio-água-maleducado

Estivemos dispersos, pero no mucho. Pero mucho, y que? Conversamos ter sido interessante a leveza. Começamos com um aquecimento vocal: vocalização, afinação, dicção.

Caminhando pela sala em 4 tempos: 1, 2, 3 e 4. Pessoas de calça preta irão bater palma no tempo entre 3 e 4. E assim por diante.

Todos colados na parede. Hoje, duas fileiras. De lá para cá em 16 tempos, 32... 12 (gostamos mais do 12).

Aquecimento coelhinho Nara, porque Barozzi e Roustang iriam assistir o ensaio (figurinista e cenógrafo).
Pés paralelos, quadril encaixado, cabeça querendo subir, tudo encaixado, desenrola (é sempre um bom começo para mim).
Por um engano quase fizemos cem abdominais com a perna esticada. Já pensou, Dinha?

Apresentamos as três coreografias: estamos ralentando todas. O Mateus quase se jogou da janela quando começamos a cantar o Hino. Depois nos ajustamos e repassamos as três (João, Hino e Repente).

Dividimos as vozes do ratata (isso ficou muito bonito!)

E estruturamos a primeira cena do baião.

Terminamos nos movimentando como na cena dos ratos, mas cantando ratata. Foi bom.

Tuti.