segunda-feira, 31 de março de 2014

encontro 32 - (roberto dagô, 31 de março, segunda)


Extrema dificuldade no meu texto! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!! Ainda o sinto como se eu mesmo fosse um ônibus, um Grande Circular, passando de parada em parada, estancado, travado... Com dificuldade de encontrar uma organicidade na história que ele conta, de uma simplicidade que não se harmoniza com a movimentação. Uma história leve e nostálgica, mas que traz cada vez mais um peso, uma amargura uma violência que se excedem em tom, em coloração. As mãos presas, a força necessária para libertar os braços e voar de verdade, o drama do corpo que escorre até o chão, personificando este outro que não é mais leve, é pesado, é sofrido... claro, como todo a mor tem a potência em si de ser... Mas ainda me sinto este ônibus lotado que não sai do lugar... É uma grande responsabilidade trazer tanta memória no que se diz em teatro! Me sinto privilegiado dentro do processo por essa oportunidade, mas está pesando sobre mim uma responsabilidade infinita de dizer bem aquilo que tenho que dizer, e de levantar com dignidade e maturidade as bandeiras que a cena levanta!
Apresentaremos pra escolas e pra adolescentes e sei da importância de se levar temas homoafetivos pra este tipo de público. Sei que não será fácil, mas desejo profundamente que o resultado de cada apresentação seja respeito e identificação com a história que vou contar!

"Este Grande Circular não pára de dar voltas na minha memória"

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