quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

encontro 9 - (tatiana bevilacqua, 30 de janeiro, quinta)

(re)passar
(re)experimentar
(re)lembrar
lapidar

trabalhar
trabalhar sem medo
e sem cansar?

vai, outra vez. 

diz que quando trabalha
o tempo
é  nosso amigo.



como usualmente fazemos, aquecemos primeiramente a voz, sendo guiadxs por Mateus. Depois, com Nara, alongamos e aquecemos o corpo.

o ensaio foi direcionado principalmente para o trabalho sobre o "Repente". alem da definicão de novas marcas, foi feito trabalho de lapidacão do que foi construído no ensaio anterior.

a repeticão e tentativa de execucoes cada vez mais precisas tem sido uma preocupacao da direcão. por isso em todos os nossos encontros repassamos sempre as cenas que já estão marcadas. ontem não foi diferente. assim, alem de nos dedicarmos ao "Repente", trabalhamos para aprimorar o "Hino" e o "João do Andaime".



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

encontro 8 (ou 7/2 porque eu sou desorganizado!) - (roberto dagô, 28 de janeiro, terça)

Semana do meu aniversário.
Semana do meu aniversário.

Faz anos que a semana do meu aniversário é um paradigma que se resume a "BRASÍLIA".
Durante todo o mês de janeiro, não se sabe se faz chuva ou se faz sol em BSB.
Ir para o Parque da Cidade, piquenique nas entrequadras, vinho num gramado... não importa... "Será que chove?"

Na semana do meu aniversário.
Minha vida parece mesmo um avião enterrado na terra seca e linda, no vermelho vivo-morto-torto. Eu mesmo me sinto o silêncio da Residencial, a histeria das pequenas bagunças aqui e a ali. Mesmo dentro de mim, não se sabe se faz chuva ou se faz sol.

Tudo isso dito pra dizer sobre algo que ainda não havia dito: deveria ter postado meu diário de bordo do encontro do dia 28 de janeiro e não o fiz... Completamente mergulhado na turbulência do plano-piloto que insiste em se suspender no ar de mim.

Então aqui está. Um relato sincero do encontro 7/2 (entre as postagens do "encontro 7" e do "encontro 8").
Acumulamos, agora, três cenas estruturadas, o Repente, o João-do-Andaime e o Hino. Nosso desafio agora é tornar íntegra nossa presença, pra além da voz que canta, pra além do corpo que se movimenta... Uma presença que justifique todos estes elementos em sentimento, compreensão, humanidade.

Isto tudo deve ser articulado na cumplicidade entre cada intérprete. Na sensação, tanto de pertencimento ao coletivo, para tornar-se um só, quanto na construção da individuação, que permite olhar para o outro em cena e criar textos que extrapolem a camada bidimensional do coletivo chapado, contribuindo para o alargamento da cena.

Como falar de gente tão gente se o que é mais humano em nós, aquilo que só pertence a nós mesmos, é suprimido na cena?
Qual o momento de potencializar esta projeção pessoal do intérprete?

Rendemos muito neste ensaio, produzindo praticamente do zero toda a cena do Repente. Mesmo assim, braços doloridos, musculatura cansada, ainda está todo o caminho mais importante a se percorrer: sentir o que se canta, possuir com verdade a fala destes candangos, abrir as janelas dos olhos ao máximo para que a atuação seja uma desencadeamento inevitável desta verdade.

Estamos na correria!!!!
Meu aniversário chegou e passou, quero voltar à correria em mim também. Estou buscando ser um pouco mais Rodoviária, menos L2 na madrugada.

Semana do meu aniversário.
Semana do meu aniversário.

Acumular anos não é fácil...
Não é, Brasília?



_por roberto dagô

Grande Circular


No Museu da República, teatro e um namorado e meio.
Pela Funarte, uma primeira paixão.
Na W3 sul, um porre e um prêmio.
Na Asa norte, o Norte da minha vida.
Ao lado do Careca, uma casa.
Ao lado do Sebinho, uma casa.
406 norte.

No Jardim Botânico, uma cama.
No estacionamento da Concha, outra cama.
Na 508 sul, corpo e voz, um sentido.
Na 408 sul, uma amiga e um porto.
Na 703 sul, uma história sem fim e mais amigos demais.
No Lago Norte, eu, nu.
Em Sobradinho, você, nu.
No Espacinho, no Renato Russo, na UnB, a gente tentando.
No Conic, caras sem rostos nem gostos.
No gramado, cigarro.
No gramado, gummy.
No Piauí, no Por do Sol, no Mendes, no Meu Bar, no Bar da Val.
Na Concha Acústica, Gotan sob a lua.
Na Landscape, eu, resistindo.
No Parque, eu, terminando.


Um Grande Circular me passando pela memória.

_por roberto dagô

brasília inconcreta


_por roberto dagô

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

encontro 7 - (rafael toscano, 27 de janeiro, segunda)

O encontro começou com aquecimento vocal puxado por Mateus Ferrari. Foram revisitados exercícios de respiração, afinação e escuta.

Em seguida passamos ao trabalho de alongamento sob orientação da Nara que reforçou também o trabalho de força e, principalmente, fortalecimento abdominal. Abdominais mantra de todos os dias de trabalho.

Dando início aos trabalhos de cena e de ensaio, propriamente dito, (re)passamos "João e o andaime" buscando oferecer em cena, minimamente, todo o trabalho já realizado sobre essa cena em ensaios anteriores. A cena foi repetida poucas vezes para que o restante de trabalho pensado para o encontro pudesse se desenvolver. Nara observou que não valia a pena ficarmos muito tempo repassando apenas essa cena pois ela seria revisitada muitas outras vezes (infinitas) durante os meses de trabalho. Ficaram mais latentes colocações a repeito de largura do passo, andamento rítmico e diferença entre a caminhada cadenciada com o andamento musical e o que poderia vir a ser uma marcha mais militar.

Retomamos o trabalho em cima da marcha que acompanha o Hino de Brasília. Preocupações iniciais de movimentação clara: joelhos que sobem, tempo acentuado bem marcado com o pé direito, braços tonificados, corpo e base firme. Em seguida, recuperamos a movimentação e deslocamento já marcados dentro da cena. Aos poucos foi sendo encontrada a melhor forma de organização para que o trio (JK e duas bases) ficassem bem "protegidos" pelos outros marchantes ao redor. De experimentações surgiu um novo desenho para a cena tanto em organização do "cardume" quanto em deslocamento no espaço. Falou-se muito em organização e movimentação boas de serem vistas pela platéia.

Destacados os seguintes pontos:
- Postura mais militar refletida pelo alinhamento de filas e precisão de movimentação;
- Deslocamento no espaço desenhando uma espécie de "8", em percurso;
- Ao final o cardume se abre em cena (3 filas) e depois se fecha para finalização da cena.

Ainda com a ausência do Leandro, que será uma das bases para o JK, Rafa e Vini experimentaram carregar a Nara para verificação de possibilidades em deslocamento e tempos de realização de curvas. Lembrar que duas das curvas feitas pelo trio na figura do "8" não sofrem interrupção, em virtude do pouco tempo para marcações mais precisas (vide marcações feitas em sala de ensaio).

Ainda trabalhou-se um pouco sobre o "Repente". Primeiramente o elenco cantou apenas com o acompanhamento do violão, tocado por Mateus. Foi fundamental para fixar um pouco mais a letra da canção. O tom foi um pouco mexido (pra cima) mas ainda não foi definitivamente fechado. Ainda se decidirá em ensaio qual o tom que deverá ser executado.

A última atividade do ensaio foi a experimentação do "Repente" com movimentação inclusa. O grupo se sentiu um pouco mais desafiado em cantar e movimentar (energicamente). Foi maior a necessidade de fôlego e disponibilidade de recordar toda a letra no andamento correto da canção, agora dançada com os movimentos simulados da varetas.

Pontos comentados ao final do ensaio:
- A cena da marcha ficou interessante em desenho;
- Perdemos na execução do "João e o andaime" se compararmos aos lugares já conquistados em ensaios anteriores;
- Assistir mais ao vídeo de registro do "João e o andaime";
- Acreditar mais passada da caminhada do "João e o andaime";
- Otimizar e conscientizar-se da ocupação do espaço;
- Necessidade de um aquecimento pós alongamento para subir a energia com que entraremos no trabalho de cena, propriamente dito.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

encontro 6 - (pedro mesquita, 23 de janeiro, quinta)

Hoje, o elenco estava quase completo. Só faltou o Lelê (que já tinha avisado)!!

Nara guiou um aquecimento conjunto em que trabalhamos alongamento, flexibilidade, força e resistência. Depois disso, mostramos pra Adriana 'João e o andaime'.

Com o desenho de cena aprovado pela diretora, continuamos a passar e passar e passar e repetir e repetir e repetir 'João e o andaime'. Com o cuidado de lembrar as marcas cinéticas, musicais e interpretativas e se atentando aos feedbacks dados a final da cena pela Adriana, Nara e Roberta. As quedas do final do música foram marcadas no espaço e na música pra facilitar a execução da cena.
Por fim, acabamos trabalhando só o 'João e o andaime', finalizamos as marcações e filmamos a cena.

Alguns pontos foram levantados em relação ao trabalho de ator/atriz como:

- ao receber um feedback, não justificar e sim solucionar em cena;
- trabalhar corpo, voz e atuação interligados;
- estar pronto para cumprir o seu e o do outro;
- ao perceber um erro, triplicar a atenção e não a tensão;
- a importância do registro escrito pra memorização de marcas;

eu queria ser rua numa noite
eu queria ser janela numa noite
uma janela que de dentro dela saíssem cores diversas
eu queria ser a goteira acumulada que cai de cima de uma parada de ônibus
eu queria ser a parada de ônibus que acolhe um choro
eu queria ser o banco que assenta o corpo
eu queria ser noite

uma noite em brasília.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

"Eles dizem representação, nós dizemos experimentação!"

encontro 5 - (marcia regina, 21 de janeiro, terça)

O quinto encontro, até parece um mês. 
Um mês em cinco dias. 
Duas músicas decoradas da peça, que aos poucos vamos dando vida, movimento, cor, respir a ç ã o.
Nessa terça trabalhamos mais uma vez o “João e o andaime” e o “Hino de Brasília”, na perspectiva tanto do movimento com a Nara Faria e da musicalidade com Matheus Ferrari.
No primeiro momento do ensaio a Nara conduziu um aquecimento que focava a resistência e o trabalho de tônus para as canções que necessitam de um trabalho maior de resistência dos atores.
No segundo momento o Matheus conduziu um aquecimento de voz, e depois a musicalidade e o ritmo com os atores marcando o tempo no corpo, como por exemplo, marcações nos pés e mãos.
Na terceira parte do ensaio com o corpo por inteiro aquecido, passamos o “João do andaime” e o “Hino de Brasília” com as provocações que a Nara, Matheus e a Roberta iam sugerindo ao elenco.
"os candangos
pegavam na vida
sem luvas

a vida é um fio desencapado caído na rua
em noite de chuva"

nicolas behr

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

encontro 4 - (jessica, 20 de janeiro, segunda)

A navegação ontem começou sem a capitã e alguns marujos. A Dinha não pôde comparecer, o Leandro viajou, a Tuti tinha compromisso e a Eli se enrolou com a vida de produção. O impacto é grande. Ainda mais quando se tem uma nova parceira a bordo - a preparadora corporal Nara Faria.

A noite começou com um alongamento mais exigente da Nara. Uma ótima maneira de nos mantermos disponíveis para o trabalho que viria logo em seguida com o aprendizado de ofertas diferenciadas de bases corporais aos colegas em suas subidas. Eu, particularmente, me diverti bastante!

Também aconteceu de nos aproximarmos mais da dificuldade de alinhar a disponibilidade física com a respiração e canto. Na cena do João, diante da experimentação que priorizava a construção de figuras corporais que se conectavam a composição textual da música como "subir", "na queda pendurado...", "voz que lá debaixo...", o canto ofegante se instaurava com mais facilidade. Fora este aspecto, creio que tenha sido interessante buscar outra alternativa além da marcha ininterrupta. 

A meu ver, um tópico válido para o dia de ontem é a confiança em si, no outro e na situação. Quando o receio em machucar e errar é grande, a insegurança toma conta e pode gerar acidentes. É preciso confiar e ir. Pisar no lugar. Colocar a força apropriada no corpo do(a) colega para o sustento. Olhar pra frente. Não levar a energia pra baixo olhando para o chão. Não se deixar dominar pelo medo da queda, do risco, porque acabará sendo isto que alimentará mais ainda o que se quer evitar.




sábado, 18 de janeiro de 2014

caminhar por brasília a noite é estar vestida da cidade, ou seria o contrário? 
a brasília que se apresenta à noite pede para que pessoas ocupem seus espaços silenciosos. 
pede para que os corpos habitem o eixão vazio, as passarelas desertas. 
tudo é tão grande que o corpo parece sumir na imensidão do espaço de brasília. 

.
foto por Diego Rodrigues.


Não raramente, Brasília me proporciona a sensação de atravessar o portal da percepção bloqueada. É nessa hora que tudo parece novo e é aí que me sinto, de fato, um verdadeiro brasiliense.Brasília não é daquelas cidades que se mostram sem máscaras a qualquer um, ... ela se revela a medida que sente sua honestidade na relação que você estabelece com ela. Começo a imaginar que o céu da cidade seja o olho, ou milhares de olhos, que fazem o monitoramento de como anda a sua singela postura em relação à cidade.
Não mais que de repente, um detalhe simples ganha impacto de gigante e te coloca na condição de mero espectador de algum novo espetáculo que a cidade te proporciona. E não falo de eventos que tem efemeridade certa. Me refiro a coisas mais cotidianamente presentes do que se pode imaginar. Talvez a única figura ausente na relação brasiliense-Brasília seja, de fato, o brasiliense. Brasília é de difícil trato ... concordo. Mas o "difícil" parte mais de nós mesmos do que dela.
Quase como um termômetro do seu "estar bem consigo mesmo", Brasília se apresenta ao brasiliense. Sentir a cidade com frescor e não sentir nenhuma necessidade de discutir relacionamento com ela é algo assim ... verdadeiramente brasiliense.
Rafael Toscano
Escrito em 13/01/2012

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

lugar nenhum

Putinha da Federação

O pau de Brasília rasgando o horizonte
O x, lá de cima, marcando o cu do Planalto Central, piscando para as fotos de satélite
A + marcando a virgindade do futuro branco, numa oração seca e torta
O concreto entumescido estuprando um céu azul por vergonha de ser vermelho

O pau de Brasília continua rasgando
O cu da Federação não se cansa de cagar em mim
A buceta de concreto menstruando no cerrado, ensanguentando a cor da terra
A a grande poça de porra ondulando sob as pontes de pernas abertas

Sonhei que a seca era tanta que tudo que não era Brasília tornava-se cinzas
Sobravam quatro baldes de sonhos e ideias.



_por Roberto Dagô



quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

encontro 3 - (eli moura, 16 de janeiro, quinta)

16/01/2014

... Eu nunca pensei que estaria de volta remontando essa peça tão querida pra mim. Tão parte de mim. Ali no branco daqueles textos, na potência daquelas palavras, na delicadeza daqueles sons, daqueles tons, tem tanto que eu fui, tanto que eu sou, tanto de onde estive e estou.

Fiz parte do grupo de concepção da primeira temporada do espetáculo e a cada dia que sento nesse chão de suor e ensaio para um novo dia de reestruturação dessa peça, sinto um arrepio fino subindo pela minha coluna e uma vontade de me juntar a todos a minha volta e me fazer carne, osso e concreto novamente. Antes de chegar no ensaio, me relembrei de meus rituais do primeiro processo e como sempre me fazia mergulhar na infinitude do céu sobre minha cabeça. Pude então olhar para cima e enxergar o absurdo de ouro que se fazia frente aos meus olhos. Poesia abstrata de cores. Sorri.




      ... E ao seguir os passos tortuosos de um pôr do sol tão doce me fiz só e concreta na imensidão do céu que desfalecia ao meu redor...


A palavra de ordem agora é re-construção. Eu pude sentir que agora com um grupo tão novo, tão criativo, tão pro ativo, que iremos erguer com muita poesia, muita entrega, muita música e muita disposição um novo espetáculo. Brasília se faz gigante a nossa volta, nós contamos os anos enquanto ela pisca seus olhos. E ao cantarmos seu hino e cantarmos sobre seus construtores, pude sentir Brasília sorrindo de volta para mim.

Estamos partindo do início de Brasília, quando ela se consolidava, quando seus monumentos eram erguidos, quando seus trabalhadores despencavam da altura de cruéis andares para fazerem sua pele mais bonita, sua roupa branca e cinza mais adornada.



... Passeando pela memória de tantos que subiram aos céus para construir a beleza da cidade, que depois engoliria seus corpos ao chão ....


A algum tempo não sentia o conforto da criação nas minhas mãos, na minha voz, no meu corpo, mas o mais importante, me sentir um corpo criativo dentro do espaço, dentro de um todo, dentro de um coro. Ouvir o hino de Brasília, finalmente cantado em uníssono, me trouxe uma sensação de brado, de finalmente pertencer à honra dessa cidade. Isso me foi possível através desse coletivo de atores. E juntos iremos construindo esse todo com tantos alguns.



... Foi quando olhei para o lado que vi Jéssica e Tati com vozes tão fortes e energéticas que pude deslumbrar a colcha de retalhos que construíamos sobre nossa cidade de concreto e delicadezas...


Eli Moura

janelas-vizinhas

eu sei que pessoas existem: escuto janelas fechando. aqui qualquer ruído é manifesto. ‘quinta-feira não é dia de convívio!’ – é o que entendo do vizinho quando pede que xs amigxs se calem embaixo do bloco – ele, o vizinho, quer que a cidade seja, enfim, Brasília: calmaria da distância, cidade-sem-corpos: corpos-dóceis suficiente pra fazerem silêncio na hora de fazer silêncio: e cansados demais no restante do tempo.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

pensa na seca de brasília.
a seca já instalada cobre a cidade branca-vermelha.
pensa em caminhar nas ruas de brasília na seca de brasília.
agora pensa que a chuva se anuncia,
o vento sopra e vai entrando pelas janelas
as portas batem, as pessoas fecham as janelas,
as folhas invadem os blocos.
aí “eu” penso que bloco nenhum pode me cobrir num dia de chuva.
ainda mais quando o paulo disse que a rua é a parte principal da cidade. 

por marcia regina 


Leminski; Toda Poesia - [quarenta clics em Curitiba; 1976].

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

encontro 2 - (daniela diniz, 14 de janeiro, terça)

Segundo dia, primeiro dia.

Primeiro dia do Vinicius Santana, da Luisa Duprat, do Rafael Toscano e do Leandro Menezes. Primeiro dia do Mateus Ferrari e Marcelo Dal Col. Hoje também teve Dani Vasconcelos, produção e sol.

Depois das apresentações, o Mateus nos colocou para fazer o que ele mais gosta. Barulho!

Caminhada ritmada. Primeiro os pés, depois acrescentou as mãos. Tempos e contratempos. Sozinhos, juntos, em grupos. Depois, soma-se a voz. Cante, ande, marque o ritmo e sorria.

Como disse a Adriana, é uma brincadeira, não sofra. Mas a preocupação com os elementos faz com que volta e meia uma testa se enrugue ou uma cabeça balance em negação.

Mateus disse que a gente tem jeito. Risos e alívio.

Retomamos a marcha do hino de ontem, mas agora, com elenco completo, mais confiança no ritmo e a música [quase] decorada. Já caminhamos.

Ao final, todo mundo suado, pés mercados no piso e satisfeitos em estar ali.






segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

encontro 1 - (amanda cintra, 13 de janeiro, segunda)

Momento 1:
- Conversa de boas vindas
- Apresentação dos membros do grupo
- Convite a novos membros ao elenco

Momento 2:
- Caminhada pelo espaço. Encontro com o outro formando uma dupla
- Provocação: estabelecer comunicação corporal e verbal com sua dupla; expressar impressões pessoais sobre Brasília no momento do contato
- Manter uma dinâmica de rodízio entre as duplas
- Assumir uma consonância entre fala, corpo e música.

Momento 3:
- Marcha Hino de Brasília
- Treino da movimentação corporal em marcha junto a todos em forma de ‘cardume’
- Marcha coletiva, traçando ângulos retos ao longo do percurso
- Marcha individual para que o grupo contribua com a movimentação do outro.

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Em Brasília aprendi a ser sozinha em conjunto
- Quer ser sozinho comigo?
É aqui que eu trilho meu caminho, meu destino torto na cidade planejada
Eu escuto o vento, escuto o silêncio (entre as buzinas da comercial)
E fujo pra debaixo do bloco
Espero.